Prof. Lucas Eduardo Ramos: Pensamento do dia:

domingo, 9 de maio de 2010

Pensamento do dia:

Não seria mais justo investir na nossa precária infra-estrutura ou educação, ao invés de enviar a “ajuda financeira” de mais de meio bilhão para o Haiti, e mais 280 milhões para a Grécia?

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A ILHA DOS ANIMAIS

Este é um livro paradidático elaborado por mim, está disponível para venda. Sua utilidade se dá em aulas de história, filosofia e sociologia. Sinopse: Animais de fino trato, oriundos de fazendas da nobreza Europeia estavam sendo transportados no mar por um cargueiro, com destino a uma exposição na América. O barco, após uma forte tempestade, naufragou, afogando a tripulação humana e deixando os animais à deriva, os sobreviventes logo chegaram a uma ilha tropical, repleta de animais silvestres, de convívio social mútuo e simples, com algumas brigas rotineiras. Rapidamente os animais estrangeiros, embebidos em sua cultura que acreditavam superior, trataram de instalar na ilha o modelo de vida que tinham em seu País de origem. Com esse novo modelo foram surgindo novas tecnologias, ordem social, cargos, hierarquias e uma série de burocratizações decorrentes do processo. Mas paralelo a isso surgiram também conflitos sociais e corrupção política, mudando aparentemente o modo de vida na ilha de maneira radical, no final, porém, se percebeu que na verdade não mudou tanto assim... Compras: O livro pode ser comprado no site Mercado Livre.

Links possíveis para trabalhar a história do Brasil por eixos temáticos:

Capítulo 1 - Civilização X Barbárie

Podemos identificar o choque de civilizações, a dos animais nobres (Europeus) com os nativos, de uma civilização teoricamente avançada sobre uma supostamente primitiva.

Capítulo 2 - Império

Tal qual o Brasil, logo após ser "descoberto" e colonizado, foi transformado em Reino, aqui também os animais Europeus coroam um deles, o touro Rei Jonathan.

Capítulo 5 - Carnaval

Sob o nome de "Folgança" os animais colonizadores implantam na ilha um festival periódico para distrair os animais operários de seus trabalhos forçados.

Capítulo 6 - Capitalismo e Democracia

Neste capítulo, a astuta raposa nativa propõe ao Touro real que seja substituído o sistema monáquico pelo democrático, republicano.Indicando também o sistema capitalista como uma solução para os problemas econômicos da ilha, aumentando as moedas em circulação e dando novo fôlego à "civilização".

Movimentos Messiânicos

Aqui é feita uma paródia a respeito dos movimentos sociais alternativos, como a Guerra de Canudos (Bahia), e o Episódio do Mückers, em Sapiranga (RS). Na trama, animais de baixo status quo, liderados por membro do grupo, se refugiam da nova civilização para tentarem uma vida nova, com suas próprias regras. O governo porém, temendo que a “moda” pegasse, persegue os rebeldes até a morte.

Capítulo 7 - Processo eleitoral

Aqui se tem a primeira eleição para presidir a ilha. É feita uma paródia sobre a compra de votos e a questões de coronelismo e paternalismo, ainda vigentes no País atualmente.

Capítulos 7 e 8 - Carnaval e Futebol

Sendo mais um plano das espertas raposas, após estudos de civilizações anteriores (em livros de história vindos do navio Europeu), é sugerido a criação de um esporte massificado para toda a população: O Coco-boll, espécie de jogo de futebol de areia utilizando um coco. Alido à Folgança (carnaval), o Coco-boll se torna mais um ópio da sociedade, tal qual o futebol brasileiro. Seguindo a antiga política do "Pão e circo", adotada pelo Imperador Romano Otávio Augusto no ano de 27 a.c.

Capítulo 9 - O poder

Aqui se faz uma metáfora do poder, mostrando animais nativos, pobres no início da colonização, agora ricos devido à política ou esporte, comportando-se exatamente como os "opressores" Europeus.

Mito da Caverna

Para quem puder notar, há uma espécie de "Mito da Caverna", como diria Platão, implícito na trama.Ele se dá sempre que a jovem tartaruga Joaquina procura sua mãe, a sábia tartaruga Jacomina. Ela é o bicho mais velho da ilha, por isso se lembra de coisas que mais ninguém recorda, passa a maior parte do tempo numa caverna escura e solitária, e tem sempre algum conselho sábio a dar para os mais jovens.